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Amamentação – O checklist definitivo de aleitamento materno

A amamentação deve ser a única alimentação do bebê nos primeiros 6 meses de vida. Essa é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseada em anos de pesquisa, desde a década de 1960. Além de benéfico para o bebê, trás muitos benefícios para a mãe também.

O leite da mãe tem todos os nutrientes e gorduras necessários para o desenvolvimento do bebê, ajuda no desenvolvimento do intestino e deve ser oferecido já nas primeiras horas de vida. Ajuda a evitar desnutrição, infecções respiratórias e diarreia, um dos principais fatores de mortalidade de bebês.

Quanto mais o bebê mamar, maior vai ser a produção de leite. O ato de sugar o leite ajuda a produção de ocitocina, hormônio responsável, entre outras ações, pela saída do leite. Esse hormônio também aumenta a temperatura das mamas e aquece o bebê. Então quando o bebê é alimentado por outros meios que não o leite da mãe (água, chá, papinha, extremamente desaconselháveis para o bebê), ele vai procurar cada vez menos o peito e, consequentemente, a produção de leite vai diminuir. Além disso, com a inclusão de outros alimentos, que não o leite da mãe, há o risco de infecções pela contaminação de mamadeiras ou dos próprios alimentos.

Em países desenvolvidos crianças alimentadas com outra fonte que não o leite da mãe têm até 5 vezes mais hospitalizações do que crianças amamentadas. Mesmo em recém nascidos de baixo peso, dados do Unicef de 1981 mostram que as taxas de doenças e mortes é maior naqueles que consomem fórmulas artificiais de leite do que entre os amamentados.

Pega do bebê

As primeiras mamadas do bebê podem machucar a mãe, causando dor e fissuras nos mamilos. Isso porque o bebê ainda não aprendeu a mamar. Natural, já que ele acabou de nascer. Cabe à mãe, e às profissionais da saúde que a acompanham, ensinar o bebê a “pega” certa:

  • o bebê deve ficar de frente para a mãe e na altura do mamilo
  • o bebê deve abocanhar a aréola inteira, com a boca bem aberta, e não só o mamilo
  • o queixo do bebê deve encostar no seio, escondendo a parte debaixo, deixando a parte de cima mais visível
  • os lábios do bebê devem estar para o lado de fora
  • a língua deve ficar ao redor do mamilo

A dificuldade em amamentar por causa da pega do bebê nas primeiras semanas é um dos principais fatores para a inclusão de chupetas ou mamadeiras, diminuindo a taxa de amamentação exclusiva até os 6 meses. Preste atenção nessas dicas desde os primeiros dias e tenha calma e persistência. O começo é sempre difícil. Mas seguindo essas orientações, a prática vai fazer com que o bebê se acostume com a pega correta e a mãe passe a sentir menos dor.

Sobre a mamadeira especificamente, é bom lembrar que o bico da mamadeira é diferente do bico do seio. Logo, pode causar confusão no bebê na forma de se alimentar, e a pega usada no peito vai ficar ainda mais prejudicada.

É importante que no momento da alta hospitalar a mãe e, principalmente o bebê, estejam alinhados com a forma correta de amamentação, para que possam continuar em casa com todo conforto. A sucção, ingestão e respiração, funções primárias do bebê, são desenvolvidas através de uma correta forma de amamentação.

Diversos estudos no mundo inteiro mostram que bebês que aprendem a pega certa tendem a se alimentar exclusivamente da amamentação por mais tempo.

Amamentação exclusiva até os 6 meses só tem vantagens. Além do que, é um alimento que não precisa preparar e é gratuito.

Contato mãe e bebê

Amamentação

A amamentação proporciona o contato físico entre mãe e bebê, estimulando todos os sentidos: o tato, contato pele com pele; o olfato, já que o bebê se acostuma com o cheiro da mãe; a visão, visto que estará perto da mãe; a audição, ouvindo de perto a voz da mãe; e o paladar, lógico.

A amamentação em si ajuda no desenvolvimento da arcada dentária, do cérebro, cognitivo e afetuoso. Por isso envolve diversas áreas como: dentistas, fonoaudiólogos(as), médicos(as), enfermeiros(as), nutricionistas e psicólogos(as).

O envolvimento de dentistas e fonoaudiólogos(as) no processo de amamentação tem o objetivo de orientar para que se tenha um bom desenvolvimento da língua, da musculatura e ossatura bucal, fazendo um bom alinhamento dos dentes, e um correto desenvolvimento da mandíbula e movimentação. Mamar é um exercício físico contínuo que propicia o crescimento de estruturas importantes, como seio maxilar para respiração, fonação ajudando, no futuro, a uma boa articulação das palavras.

Para os(as) psicólogos(as), a amamentação tem um fator muito relevante para a mãe e para o bebê, no sentido de que mantém uma conexão, uma compensação do vazio, decorrente da separação no parto. Na amamentação feita com amor e carinho, sem pressa, o bebê não só sente o conforto de ver suas necessidades satisfeitas, mas também sente o prazer de ser segurado pelos braços de sua mãe. Logo, estabelecer esse vínculo entre mãe e filho, corrige fantasias prematuras frustrantes, que o parto pode ter causado ao bebê como abandono, agressão, ataque e fome.

Mamar não supre apenas a alimentação, mas satisfaz, também, componentes emocionais, psicológicos e orgânicos. A parte orgânica e psicológica devem estar em equilíbrio, caso contrário, a necessidade de sucção pode não ser suficientemente alcançada, e assim a criança buscará substitutos como dedo ou chupeta.

“Os aspectos psicológicos do aleitamento materno estão relacionados ao desenvolvimento da personalidade do indivíduo. As crianças que mamam no peito tendem a ser mais tranquilas e fáceis de socializar-se durante a infância. As experiências vivenciadas na primeira infância são extremamente importantes para determinar caráter do indivíduo quando adulto.

Amamentar representa um encaixe perfeito entre mãe e filho, cumprindo uma função de cordão umbilical externo. A mulher que amamenta vê reconfortada sua capacidade de continuar gerando vida através do alimento que brota do seu corpo.”

(Antunes, L. S. et al., 2008)

Nutricionistas, enfermeiros(as) e médicos(as) são importantes para orientar na prevenção de desnutrição e infecções como diarreia, pneumonia (duas das maiores causas de mortalidade infantil), gripe, bronquite, bronquiolite, paralisia infantil, infecção urinária, infecção no pulmão, infecção no trato intestinal, otite. Todas evitáveis com a amamentação. Costuma-se dizer que o leite da mãe é a primeira vacina do bebê. Um estudo realizado em Pelotas (RS), mostrou que crianças não amamentadas apresentam um risco 17 vezes maior de serem internadas com pneumonia.

O leite materno propicia à criança ferro e proteção contra infecções, já citadas, e anemia, prejudicando o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, bem como o aproveitamento escolar. A anemia também tem interferência nos processos de crescimento e desenvolvimento mental, motor e de linguagem; alterações comportamentais e psicológicas, como falta de atenção, fadiga, insegurança e diminuição da atividade física da criança.

O contato da mãe com o bebê libera ocitocina, que aumenta a temperatura do seio e aquece o bebê, prevenindo uma possível ocorrência de hipotermia.

Bebês que possuam risco hereditário de conter dermatite atópica e demais alergias devem privilegiar o aleitamento materno, já que leite de vaca pode desencadear uma crise.

Com relação aos efeitos de longo prazo da amamentação, uma revisão de pesquisas de 40 anos (1966-2006) concluiu que crianças amamentadas apresentaram médias mais baixas de pressão sanguínea, colesterol total, diabetes tipo 2, menos casos de obesidade, doenças cardiovasculares, melhor visão, melhor desempenho em testes de inteligência e metade do risco de disfunção neurológica.

Mães jovens ou de primeira viagem

As mães adolescentes são mais receptivas ao aleitamento, mas costumam amamentar por menos tempo do que as mães adultas por falta de orientação. As principais dificuldades para amamentar relatadas nas nossas pesquisas são:

  • mamilos feridos
  • criança não pegava o peito
  • produção insuficiente de leite
  • falta de experiência materna
  • fardo causado pela amamentação diante das atividades desempenhadas cotidianamente
  • inadequação entre suas necessidades e as da criança
  • interferências externas de familiares, amigos e demais interações
  • trabalho materno
  • solidão e isolamento da mãe
  • necessidade de obter apoio para a execução da amamentação

“As mães sentem-se culpadas por não amamentarem e não são preparadas para conhecer esse processo básico de vida. Por isso, precisam de ajuda e principalmente informação. O apoio referido seria além da atuação do setor de saúde, aparelhos sociais de suporte à maternidade e o núcleo familiar.” (Antunes, L. S. et al., 2008)

“Quanto à preparação do seio, este se transforma durante a gestação. O uso de buchas vegetais não é indicado, pois o atrito o deixa mais sensível podendo feri-lo. Naturalmente os mamilos e as aréolas ficam mais escuras, aumento da melanina, o que os torna mais resistentes. E o banho de sol é indicado para o fortalecimento da pele e assim evitar fissuras no início da amamentação.

Algumas genitoras afirmam ter o leite fraco, quando na verdade há baixa produção de leite, podendo ser justificada por problemas no início da estimulação láctea e na execução da ordenha. A ordenha pode ser realizada de maneira elétrica ou manual. Esta deve ser realizada com cuidado, devido à sensibilidade das mamas para evitar os traumas. Para uma ordenha manual a mama deve ser massageada, iniciando na região mais próxima a aréola, seguindo a região mais distante do seio. Com a mão em “C” deve-se colocar o polegar na aréola, e o dedo indicador abaixo, pressionando-os um em direção ao outro, e levemente para dentro. O movimento deve ser repetido continuamente.”

(Soares JPO, Novaes LFG, Araújo CMT, Vieira ACC, 2016)

Não há hora predeterminada nem tempo de mamada. O bebê deve mamar sob livre demanda.

Sentir a mama vazia é um sinal de uma mamada eficiente. É importante que a mãe alterne as mamas se esvaziadas durante a amamentação. O bebê satisfeito solta o peito espontaneamente e fica relaxado, podendo dormir.

Benefícios para a mãe

O ato de amamentar também trás benefícios para a mãe. Veja alguns deles e uma breve explicação sobre cada um:

  • Retardo da volta da menstruação. A amamentação inibe o hormônio gonadotrófico e gera interrupção do processo de ovulação.
  • Maior rapidez na perda de peso pós-parto. Média de redução de 0,44Kg por mês. As calorias que o bebê consume são de origem materna. Quanto mais o bebê mama, maior será a quantidade retirada da mãe. A perda de peso da mãe não interfere no crescimento do bebê.
  • Menor sangramento uterino pós-parto. Consequentemente, menos anemia.
  • Redução de estresse e mau humor. O ato da amamentação libera o hormônio ocitocina.
  • Sensação de bem-estar. O ato de amamentar libera o hormônio endógena de beta-endorfina.
  • Menor risco de desenvolver artrite reumatoide.
  • Risco reduzido de osteoporose aos 65 anos.
  • Menor probabilidade de desenvolver esclerose múltipla.
  • Menor índice de fraturas de quadril por osteoporose.
  • Diminuição do risco de câncer de ovário (um dos mais letais) e de mama. Uma revisão de 47 estudos realizados em 30 países envolvendo cerca de 50 mil mulheres com câncer de mama sugere que o aleitamento materno pode ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer de mama. Estudos também encontraram relação em que ter sido amamentada quando bebê reduz a incidência de câncer de mama na idade adulta.

Quanto tempo deve durar a amamentação?

A Organização Mundial da Saúde e o Unicef sugerem que a amamentação seja feita exclusivamente até os 6 meses e parcialmente até 2 anos de idade.

Como já foi dito, não há hora predeterminada nem tempo de mamada. O bebê deve mamar sob livre demanda. Quando ele quiser, vai pedir e quando não quiser mais, vai largar o peito. Deixe que ele decida.

Segundo Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, de 1999, o aleitamento materno até os 6 meses já era de 59.8% no Brasil.

Desmame precoce

Vários estudos identificaram alguns fatores da interrupção precoce da amamentação exclusiva:

  • uso de chupeta
  • baixa escolaridade da mãe
  • mães novas
  • mães de primeira viagem
  • cesárea
  • técnica inadequada de amamentação
  • conselho das avós da criança para a utilização de suplementos

Nesse último caso, é importante observar que muitas dessas avós tiveram filhos entre as décadas de 70 e 80, quando o aleitamento materno não era tão divulgado e as informações a respeito das vantagens da amamentação exclusiva não eram tão difundidas. A inclusão de água ou chás era até recomendado pelos médicos e a lenda de “leite fraco” ou “pouco leite” era bem grande.

Hoje, depois de muitos estudos, já se sabe que não passam de lendas e que só há vantagens no aleitamento materno exclusivo até os 6 primeiros meses de vida do bebê.

Alimentação do bebê

Amamentação 03

Nunca é demais repetir: até os 6 primeiros meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento que não seja o leite da mãe. Nem água em dias quentes.

Passado os 6 meses, pode começar a inclusão de outros alimentos, junto com a amamentação, que deve ser realizada até os 2 anos, já que ela ainda contém nutrientes, proteínas, vitaminas que o bebê precisa. Além da proteção imunológica.

Amamentação nas últimas décadas

O ato de amamentar o bebê sofreu uma grande queda na primeira metade dos anos 1900, em virtude da indústria moderna, que colocou o leite em pó no mercado, com fortes campanhas de incentivo ao uso do leite em pó. Soma-se a isso uma época de industrialização, urbanização, aumento do número de mulheres trabalhando fora, desinformação e a consequente abertura de espaço para lendas urbanas como “ter pouco leite”, “leite fraco”, “a criança não quis mais”, etc.

A partir da década de 1960 houve um movimento mundial para que se voltasse à prática da amamentação.

Em 1979, em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) realizaram a Reunião Conjunta sobre Alimentação do Lactente e da Criança Pequena. A partir dessa reunião, em 1981, a Assembleia Mundial da Saúde criou o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, com princípios éticos para a promoção comercial de substitutos do leite materno.

Em 1988 o Brasil adotou o Código e até 2005 outros 63 países também já tinham tomado medidas para implementá-lo.

Na década de 1980 foram publicados os primeiros estudos no Brasil que comprovavam a importância da amamentação exclusiva, sem qualquer outro líquido, água ou chá, levando à menor risco de morbidade e mortalidade. Esses estudos brasileiros, e outros realizados em outros países, ajudaram a reformular as políticas internacionais, particularmente da OMS e do Unicef.

Em 1975 metade das mulheres amamentavam apenas até o 2º ou 3º mês no Brasil. Em 1999 metade delas já amamentavam até cerca de 10 meses. De acordo com a II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, em 2008, 41% das mulheres alimentavam seus filhos exclusivamente com amamentação até os 6 meses.

Mesmo com um aumento da amamentação no Brasil, ainda estamos longe da recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Políticas públicas para amamentação

E são várias as ações do governo para aumentar esses números:

  • Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno
  • Expansão da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH)
  • Dez passos para o sucesso do aleitamento materno
  • Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
  • Regulamentação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)
  • Comemoração anual da Semana Mundial da Amamentação
  • Campanhas de conscientização
  • Atendimento pré-natal
  • Pesquisas

A implementação da NBCAL tem sido vista como uma ação bem sucedida no Brasil, em comparação com outros países.

Diversas pesquisas apontam para uma taxa de amamentação maior na rede pública do que na rede privada, demonstrando o acerto das políticas públicas nesse sentido. Mesmo com fatores como:

  • Alta rotatividade de funcionários profissionais da saúde;
  • Baixo grau de cumprimento dos critérios pela maioria das unidades que iniciaram o processo de certificação na rede, mas que ainda não haviam sido certificadas na época da coleta dos dados;
  • Desconhecimento dos profissionais da existência de fluxograma de atendimento à dupla mãe-bebê no período de amamentação nos locais, inclusive onde ele foi construído;
  • O não uso de protocolos de manejo do AM, inclusive nas unidades certificadas;
  • Falta de inclusão no orçamento por parte dos governos;
  • Adequado investimento no apoio à mãe após a alta da maternidade;
  • Desconhecimento sobre como lidar com as mulheres HIV positivo;
  • Entre outros.

“As mulheres em seus discursos costumam relatar a banalização do seu sofrimento pela equipe de saúde, principalmente enfermeiras, que não possibilita o apoio necessário à mulher e se configura num dos fatores do desmame. Neste caso, podemos enfatizar a necessidade do treinamento do profissional de saúde que lida precocemente com a mãe através de treinamentos.” (Antunes, L. S. et al., 2008)

O Brasil ainda está muito abaixo das recomendações da OMS e do Unicef, apesar da crescente nos últimos anos. O setor público tem uma taxa de amamentação exclusiva em bebês de até 6 meses maior do que a taxa do setor privado. Isso mostra que as ações das políticas públicas dão resultado, apesar, também, da baixa adesão aos programas do governo federal, por inúmeros motivos, entre os quais: alta rotatividade de funcionários e falta de interesse dos gestores regionais.

Legislação trabalhista

Amamentação 04

25% da população economicamente ativa no Brasil é de mulheres com filhos menores de seis meses de idade (dados de 2012). E esse não é um número para se ignorar. O Brasil possui algumas ações para atingir essas mulheres e os patrões.

As regras recomendadas pela Organização Internacional do Trabalho garantem uma série de benefícios trabalhistas de proteção à mulher grávida e lactente, como: garantia de emprego, licença maternidade remunerada, creche e pausas para amamentar.

No Brasil, a licença maternidade é de 4 meses. Mesmo para mães adotivas. E 6 meses para funcionárias públicas. Esse período pode ser ampliado para 6 meses conforme acordo interno da funcionária com a empresa.

Atualmente, a política do Ministério da Saúde, que promove, protege e apoia o aleitamento materno, atua baseada em uma série de estratégias como: o “Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta” e a “Proteção Legal ao Aleitamento Materno“.

A “Proteção Legal ao Aleitamento Materno” garante o direito de mulheres trabalhadoras de amamentarem seus filhos. O Brasil possui uma legislação específica nesse sentido com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), e leis que:

  • Regulamentam a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos.
  • Criam o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal
  • Regulamentam a extensão da licença maternidade, sem prejuízo do emprego ou do salário, para funcionárias públicas federais. No entanto, a adoção da licença maternidade de 180 dias por estados, municípios e empresas privadas não é obrigatória, sendo ‘estimulada’, no caso da iniciativa privada, por meio de incentivo fiscal concedido pelo governo federal.

Já o “Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta” é uma iniciativa lançada em 2010 pelo Ministério da Saúde para apoiar a mulher trabalhadora a continuar com a amamentação mesmo depois do final da licença maternidade.

O folder ‘Apoio à mulher trabalhadora para manter a amamentação’, destinado a empresários, é outra das ações do governo que busca sensibilizar esse segmento da população para apoiar a mulher em fase de amamentação em suas empresas.

Além de tudo que já foi dito aqui, ainda há opções como a ordenha manual e o estoque do leite, refrigerado, por até 12 horas.

Mesmo com todas essas ações do governo federal, ainda há muitas infrações à Norma Brasileira. Muitas mulheres ainda não conhecem seus direitos; profissionais da saúde ainda orientam o desmame antes da hora e a introdução de leites artificiais e maternidades continuam adotando rotinas que não favorecem a amamentação.

Procure seus direitos e, o mais importante, curta seu bebê!

 

Todos os estudos citados nessa postagem podem ser encontrados nos links abaixo:


Publicado por: Artur de Bem
Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, doador de órgãos, míope, barbudo, desde 2017 escrevendo para a Sumred Peles Especiais.